Nos cenários paradisíacos de Okinawa, onde as belas praias e paisagens cinematográficas encantam os olhos dos visitantes, uma batalha silenciosa acontece. Adriana Morita(53) brasileira, casada com o japonês Eiichi Morita(71) voluntariamente dedica sua vida ao cuidado e acolhimento de cães e gatos abandonados na ilha.
Em um país conhecido pelo amor aos animais de estimação, a situação dos bichinhos em Okinawa surpreende. Mas mais surpreendente ainda é a hostilização enfrentada por Adriana, não apenas por seus vizinhos, mas também pelas autoridades locais.
Apesar de possuir autorização da prefeitura e toda a infraestrutura necessária para cuidar dos animais, Adriana é alvo de perseguições constantes. Ela arca com os gastos diários de alimentação e cuidados veterinários, mas sua dedicação não é suficiente para protegê-la da violência e da injustiça.
Adriana relatou a recusa ou inércia dos órgãos públicos em resgatar duas cadelas e um machinho em situação de abandono.
A indignação atingiu seu ápice ao testemunhar o sacrifício de um cachorro em uma câmara de gás. Segundo o órgão Aigo Center, o animal teria sido considerado agressivo. No entanto, Adriana contesta veementemente esse argumento, destacando que o órgão protetor nem mesmo procurou investigar o ocorrido.
Para Adriana, a decisão de sacrificar o cachorro foi tomada de forma precipitada, baseada apenas em um telefonema de um vizinho. Ela questiona a falta de investigação e cuidado por parte das autoridades, lamentando a trágica consequência para o animal indefeso.
O cão sacrificado pelo órgão Aigo Center
Voluntária pediu para ficar com o cão para adaptação, vendo que o cachorrinho era um cachorro tranquilo
Momento registrado do sacrifício dos cães em câmara de gás
A RPJ acompanhou de perto a situação de Adriana, passando três dias ao seu lado, colaborando com as autoridades locais e entidades de proteção aos animais. Durante esse tempo, Adriana compartilhou relatos chocantes de abordagens agressivas por parte da polícia, inclusive sendo agredida dentro de uma viatura, e até mesmo sendo arrastada por um casal nas ruas, sendo salva por uma taxista.
Diante de tamanha injustiça e violência, Adriana Morita procurou a RPJ em busca de ajuda e para dar voz ao seu pedido de socorro. Sua mensagem ressoa não apenas em Okinawa, mas em todo o mundo, clamando por atenção e ação para a situação dos animais abandonados na ilha.
A falta de transparência e compaixão por parte das autoridades locais. Segundo seus relatos, tanto a prefeitura quanto o Aigo Center instruem a trazer os animais abandonados para suas instalações. No entanto, omitem uma informação crucial: o destino fatal que aguarda esses animais em apenas uma semana, caso não sejam adotados. Porem, no caso do cachorrinho apareceu uma japonesa querendo adota-lo, mas o órgão argumentou que o cão era perigoso.
Segunda parte da matéria
A descoberta desse horrível desfecho, a câmara de gás, chocou Adriana e a comunidade que ela representa. Ela questiona como é possível que as autoridades locais ajam dessa forma, sem considerar alternativas humanitárias ou fornecer recursos adequados para garantir o bem-estar dos animais.
Órgãos citados na matéria
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