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Quinta-feira, 14 de fevereiro

Policial

Agressão de policiais japoneses violentos a empresária brasileira: discriminação e agressão

A agressão policial sofrida pela empresária brasileira Sheila Onishi levanta sérias questões sobre a discriminação

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Agressão de policiais japoneses violentos a empresária brasileira: discriminação e agressão
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A agressão policial sofrida pela empresária brasileira Sheila Onishi levanta sérias questões sobre a discriminação enfrentada pelos estrangeiros no Japão. 

Sheila, que reside no país há mais de 25 anos, foi parada pela polícia durante uma viagem para Okinawa sob o pretexto de estar dirigindo alcoolizada, mas acredita que o verdadeiro motivo tenha sido sua condição de estrangeira.

Além de ser empresária, Sheila também possui uma deficiência em uma das pernas, comprovada por um documento de identificação chamado SHOGAI TECHÔU, que é concedido a pessoas com problemas de mobilidade.
No momento da abordagem, Sheila estava com dificuldades para sair do carro e precisava usar o banheiro, mas acabou urinando dentro do veículo devido à sua condição de saúde e à falta de opções.

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Apesar de ter alertado os policiais sobre sua deficiência em inglês e japonês, eles agiram de forma bruta e insensível, agredindo Sheila brutalmente com socos nas costelas e resultando em lesões nas mãos. 

No total, cinco policiais estavam presentes durante a ação, mas mais reforços chegaram alegando que ela estava resistindo às ordens dadas por eles, o que era uma mentira.

 Sheila foi algemada e arrastada com os pés para cima enquanto recebia socos, demonstrando uma completa falta de consideração por ela ser estrangeira.

Ao chegar na delegacia, Sheila apresentou o documento que comprovava sua deficiência, o que fez com que o tratamento mudasse.

 No entanto, toda a agressão foi gravada e divulgada para a RPJ News, viralizando rapidamente na internet.

Veja a entrevista no programa Toshio Sudo da RPJTV

Apesar das autoridades japonesas negarem discriminação contra estrangeiros, esse incidente, juntamente com outros casos semelhantes, levanta sérias dúvidas sobre a realidade enfrentada pelos estrangeiros no Japão. 

Parece haver um uso frequente de recursos como busca por drogas e latas de bebidas alcoólicas para parar estrangeiros no trânsito, sempre em busca de oportunidades para mostrá-los como culpados.

Neste caso em particular, Sheila pode solicitar uma indenização de até 20 milhões de ienes. No entanto, é necessário aguardar para ver como a Justiça do Japão irá lidar com as evidências claras de discriminação e violência policial. 
É importante que iniciativas sejam tomadas para garantir a segurança e os direitos de todos, independentemente de sua nacionalidade.

Sheila está determinada a não se calar e vai expor a humilhação que passou para motivar outros estrangeiros a denunciar, falar sobre a discriminação e buscar seus direitos. 
É necessário que a sociedade japonesa diga "não ao racismo" e que medidas sejam tomadas para evitar futuros incidentes como esse.
A diversidade é uma riqueza que deve ser valorizada e respeitada em qualquer sociedade

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