Uma pesquisa conduzida pela empresa francesa de opinião pública Ipsos SA revelou que apenas 57 por cento dos japoneses se sentem felizes, marcando a terceira taxa mais baixa entre os 30 países pesquisados.
O relatório intitulado "Felicidade Global 2024" também apontou uma tendência descendente no Japão, com a taxa de felicidade caindo 13 pontos percentuais desde 2011, quando estava em 70%. A Ipsos KK, braço japonês da empresa, comentou que essa queda pode ser atribuída a vários fatores, incluindo desconfiança política, conflitos, desastres naturais e a propagação contínua do coronavírus.
A pesquisa, realizada principalmente online entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, abrangeu cerca de 23 mil pessoas com idades entre 16 e 74 anos em 30 países, incluindo os Estados Unidos. No Japão, aproximadamente 2.000 pessoas participaram.
Os entrevistados foram solicitados a escolher entre quatro opções de felicidade: "muito feliz", "bastante feliz", "não muito feliz" e "nada feliz". No Japão, 57% selecionaram "muito feliz" ou "bastante feliz". Países como Países Baixos, México e Indonésia lideraram as classificações, enquanto a Coreia do Sul e a Hungria registraram as taxas mais baixas.
Em 17 dos 30 aspectos relacionados à felicidade, o Japão ficou em último lugar na porcentagem de entrevistados que se disseram "satisfeitos", incluindo áreas como amizades, trabalho e situação financeira.
A Ipsos KK acredita que fatores como longas horas de trabalho, pressão social e envelhecimento da população podem contribuir para o baixo nível de felicidade entre os japoneses. Além disso, a pesquisa revelou que a porcentagem de japoneses felizes é ainda mais baixa entre os nascidos entre 1966 e 1979, com 49%.
A subsidiária japonesa da Ipsos observou que esse declínio na felicidade pode refletir tendências globais, com a saúde física afetando a saúde mental, bem como questões relacionadas a casamento, paternidade, cuidados familiares e mudanças no ambiente de trabalho.
Comentários: