Portal RPJNEWS

Quinta-feira, 14 de fevereiro

Policial

Canivete utilitário é arma no Japão ?

Policial alegou que não poderia transportar uma arma branca e que no Japão é proibido

RPJNews
Por RPJNews
Canivete utilitário é arma no Japão ?
IMPRIMIR
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

Aconteceu alguns anos atrás com o brasileiro José Luiz no Don Quixote enquanto fazia compras. Uma viatura da polícia passou na avenida e se aproximou de seu carro, pedindo que ele saísse do veículo e apresentasse sua habilitação e licença de permanência no Japão (zairyu card).

O policial solicitou permissão para revistar o carro, e José Luiz consentiu. Durante a busca, o policial encontrou um canivete que continha um abridor de latas, saca-rolhas e outros acessórios. O policial alegou que esse objeto era considerado uma arma branca e, portanto, proibido no Japão. José Luiz tentou explicar que o canivete era usado para atividades de pesca, até mesmo mostrou sua caixa de pesca com mais acessórios, mas o policial questionou por que o canivete não estava guardado na caixa de pesca e estava no porta-luvas.

José Luiz explicou que durante a semana havia usado o canivete para consertar um fio sob o painel do carro e que havia restos de fios no assoalho do veículo. No entanto, mesmo com sua explicação, o policial o encaminhou para a delegacia.

Leia Também:

Ao chegar na delegacia, José Luiz prestou depoimento, que levou quase o dia todo. Um intérprete policial que falava português, embora não fluentemente, auxiliou durante o depoimento. Quando o intérprete não entendia, ele recorria ao Google Tradutor ou a um dispositivo de tradução.

Uma discussão de seis horas ocorreu, durante a qual José Luiz teve que deixar suas digitais no depoimento. Ele foi informado de que o depoimento seria enviado à promotoria e que entrariam em contato posteriormente. No mesmo dia, sua esposa sugeriu que ele consultasse a RPJ.

Dois dias depois, o relatório do depoimento foi encaminhado à promotoria. A RPJ expressou sua insatisfação na delegacia junto com José Luiz, argumentando que não havia sido providenciado um intérprete oficial licenciado que fosse fluente em japonês e português, conforme exigido por lei. Eles pediram que o processo recomeçasse desde o início.

A RPJ baseou sua exigência na lei e conseguiu que o depoimento fosse reiniciado, garantindo que fosse conduzido de acordo com as normas e leis aplicáveis. Confira mais detalhes na reportagem.

Comentários: