O governo da Bolívia anunciou esta tarde a detenção de mais 17 pessoas pelo alegado envolvimento na tentativa de golpe que abalou o país sul-americano.
O gabinete do ministro Eduardo del Castillo não avançou com detalhes sobre os detidos, mas identificou Aníbal Aguilar Gómez, um civil, como o "cérebro" do golpe frustrado liderado pelo chefe do exército do país, o Gen. Juan José Zúñiga.
Zúñiga e o ex-vice da marinha o Almirante Juan Arnez Salvador, acusados de conspirarem contra o governo, foram detidos na quarta-feira.
A nação de 12 milhões de pessoas assistiu em choque às forças militares unirem-se contra o governo do presidente Luis Arce, tomando a praça principal da capital com veículos blindados. Zúñiga prometeu "restaurar a democracia" e substituir o executivo, mas o golpe não teve apoio significativo.
Arce nomeou um novo comandante do exército, que ordenou a retirada das tropas, encerrando a rebelião em três horas. Zúñiga foi rapidamente detido enquanto os soldados se retiravam de La Paz.
A tensão entre Arce e o ex-presidente Evo Morales, que continua uma figura proeminente, tem crescido. Morales ameaçou desafiar Arce nas eleições de 2025, causando uma rutura no partido socialista.
A crise paralisou os esforços para resolver problemas econômicos no país, como a queda das reservas de moeda estrangeira e o colapso da moeda. A tentativa de golpe também revelou a fragilidade das instituições democráticas da Bolívia.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou a movimentação militar e pediu respeito à democracia.
No final, Arce pediu aos bolivianos que se mobilizassem em defesa da democracia, enquanto os analistas destacam a necessidade de fortalecer as instituições democráticas no país.
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