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Quinta-feira, 14 de fevereiro

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Ameaças da Coreia do Norte elevam alerta no Japão com lançamento de satélite

Kim Jong Un autoriza disparos próximos ao território japonês, incluindo lançamento de satélite militar

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Ameaças da Coreia do Norte elevam alerta no Japão com lançamento de satélite
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Novamente, Kim Jong Un coloca o Japão em alerta com o lançamento de mísseis balísticos e um possível foguete transportando um satélite espião militar. Essas ações foram autorizadas pelo líder norte-coreano e podem ser disparadas a qualquer momento.

A Coreia do Norte realizou inúmeros testes de disparos, sempre próximos ao Japão, incluindo mísseis de longo alcance capazes de atingir os Estados Unidos. Existe um tratado entre os EUA e o Japão com relação a armas, que remonta à Segunda Guerra Mundial, e o país é liderado pelas forças americanas.

Essas ameaças têm ocorrido ao longo dos anos e, até o momento, não houve um acordo para pôr fim a elas, o que parece ser cada vez mais difícil. Esse tipo de comportamento é audacioso e perigoso, uma provocação que, em casos menos graves, já foi motivo para ataques por parte dos EUA.

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Como tudo começou 

conflito envolvendo Coreia do Sul (República da Coreia) e Coreia do Norte (República Democrática Popular da Coreia) é um dos poucos episódios ainda não resolvidos dos tempos da Guerra Fria, onde duas ideologias, a capitalista e a socialista lutavam pela supremacia mundial por meio de uma disputa geopolítica, e que afetou de modo irremediável a península coreana.

O problema fundamental é que a região é habitada por uma etnia predominante, a coreana, e que historicamente formava um único país, uma única entidade, com uma única cultura, língua e costumes e desde o fim da Segunda Guerra Mundial, após livrar-se da vergonhosa dominação japonesa, passou a encarar o drama da divisão, pura e exclusivamente ideológica, cuja pior consequencia é separar inúmeras famílias e colocar coreanos contra coreanos.

Assim, após a saída dos japoneses, estabeleceu-se o paralelo 38 como marco da divisão entre as esferas de influência (um eufemismo para ocupação) soviética e americana, assim como aconteceu com a Alemanha e o Vietnã. Dela nasceu os atuais estados soberanos da Coreia do Sul, capitalista, e do Norte, de regime socialista. Ocorreram diálogos em torno da unificação do país, mas a tensão ao redor do marco divisório foi crescendo com o tempo, o que desembocou finalmente num conflito, a chamada Guerra da Coreia, quando forças norte-coreanas resolveram invadir a metade sul, em junho de 1950. A Guerra da Coreia, de 1950 a 1953, seria o primeiro conflito armado da era da Guerra Fria, e deixaria as principais cidades coreanas todas arrasadas, fazendo com que as duas Coreias figurassem entre as mais pobres nações do mundo à época.

Tecnicamente, nunca foi celebrada a paz entre os dois lados, e desde 1953, ambos os países encontram-se em "estado de beligerância", ou seja, qualquer tipo de relações ou intercâmbio estão paralisadas. Os encontros entre os líderes coreanos do sul e do norte, que muitas vezes são apresentados em jornal e televisão ocorrem justamente para que se resolva tal questão. Tal situação intrincada serve em grande parte para explicar o porquê da persistência deste conflito derivado da Guerra Fria.

Segue desse modo, a divisão, que já conta com quase 70 anos, onde presenciamos a arrancada da Coreia do Sul rumo a uma posição de destaque na economia mundial, figurando entre as principais economias do mundo, um dos "tigres" asiáticos, e que deu origem a várias empresas de tecnologia, como a LG, Samsung e ainda a Hyundai, no setor automobilístico. Do lado norte-coreano, o regime socialista tornou-se cada vez mais radical, fechando o país de modo paranóico, com uma economia humilde, onde os investimentos vão em grande parte para a compra de armamentos. Com a morte recente de Kim Jong-Il (o segundo chefe de estado que a Coreia do Norte teve até hoje), e a ascensão de seu filho, Kim Jong-Un, há uma expectativa de que o fechado regime socialista torne-se um pouco mais flexível. Continua o sonho para muitos, mesmo que na prática ainda complicado, de que as duas Coreias possam novamente constituir um só país.

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