O Japão atingiu uma nova baixa histórica no número de nascimentos em 2023, com apenas 727.277 crianças nascidas, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 5 de junho. Esta queda representa uma redução de 43.482 nascimentos, ou 5,6%, em comparação com 2022, marcando o oitavo ano consecutivo de declínio.
Além do número de nascimentos, a taxa de fertilidade total – que estima o número médio de filhos que uma mulher terá ao longo de sua vida – também caiu para o menor nível já registrado, passando de 1,26 em 2022 para 1,20 em 2023. Este é o nível mais baixo desde que essa taxa começou a ser calculada em 1947.
A queda na taxa de fertilidade e no número de nascimentos sublinha os desafios demográficos enfrentados pelo Japão, com implicações significativas para a economia e a estrutura social do país. O Instituto Nacional de Pesquisa sobre População e Segurança Social havia projetado 739 mil nascimentos para 2023, mas o número real ficou 10 mil abaixo desta previsão.
A análise por província revelou disparidades significativas nas taxas de fertilidade. Okinawa lidera com uma taxa de fertilidade de 1,60, seguida por Miyazaki e Nagasaki, ambas com 1,49. Em contraste, Tóquio registrou a menor taxa de fertilidade do país, com 0,99, seguida por Hokkaido com 1,06 e Miyagi com 1,07.
Esses números destacam a necessidade de políticas eficazes para incentivar o aumento da natalidade e apoiar as famílias. O governo japonês enfrenta uma pressão crescente para implementar medidas que possam reverter essas tendências e estabilizar a população.
As estatísticas de 2023 enfatizam a urgência de abordar os desafios demográficos do Japão, que incluem uma população envelhecida e uma força de trabalho em declínio. Sem intervenção eficaz, essas tendências poderão ter consequências duradouras para o crescimento econômico e a sustentabilidade do sistema de bem-estar social do país.
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