Portal RPJNEWS

Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025

Comunidade

Mulher mulçumana nativa do sul da Ásia Processa Polícia de Tóquio por Discriminação

Vítima Relata Maus-Tratos e Exposição Injusta pela Autoridade

RPJNews
Por RPJNews
Mulher mulçumana nativa do sul da Ásia Processa Polícia de Tóquio por Discriminação
IMPRIMIR
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

Um caso chocante de discriminação e maus-tratos veio à tona em Tóquio, quando uma mulher mulçumana nativa do sul da Ásia que mora no Japão, entrou com um processo judicial buscando uma indenização de 4,4 milhões de ienes. O incidente, ocorrido em junho de 2021, foi levado aos tribunais em maio deste ano.

De acordo com os relatos da vítima(40)ela e sua filha de 6 anos estavam brincando em um parque quando um homem japonês chamou a polícia, alegando que seu filho havia sido chutado pela menina. Durante a intervenção, o homem proferiu insultos xenofóbicos, incluindo frases como "estrangeiros não valem a pena viver" e "lixo".

"Gaijin!" "Cartão Zailyu, Dase!" O homem gritou, perseguiu-as e chamou a polícia ao parque. Com um intérprete de inglês que compareceu ao local disse que o homem havia alegado que seu filho havia sido chutado, então chamou um policial. A mulher tentou explicar a um dos seis policiais que ela não havia chutado o menino. Contudo, o agente da polícia disse repetidamente: “Não entendo inglês”, e recusou-se a ouvir a história do Sr. apesar de lhe ter dito que um homem iria traduzir para ele.

Leia Também:

Ao ser levada pela viatura policial, a mulher foi submetida a um interrogatório de quatro horas e meia na delegacia. O mais alarmante foi o fato de que a criança também foi interrogada, separadamente, em uma sala diferente. A vítima relata que, desde o momento em que a polícia chegou ao local, apenas ouviram o relato do japonês, sem dar oportunidade para sua versão dos fatos.

Na delegacia, a pressão para que ela confessasse a culpa foi incessante. Ela não foi autorizada a voltar para casa ou mesmo utilizar o banheiro, nem alimentar a filha e trocar as fraudas. A criança ficou extremamente abalada, desenvolvendo medo de adultos e sofrendo de pesadelos, pois foi cercada por varios policias. Até hoje, a menina está em tratamento médico.

Para agravar a situação, a polícia divulgou seu nome, telefone e endereço para o homem japonês, que publicou suas informações em uma rede social, alegando que ela recebia benefícios sociais. Segundo ele, obteve autorização da polícia para fazer o alerta ao público.

A advogada da vítima, Atsuko Nishiyama, argumenta que esse caso é apenas a ponta do iceberg e que a mulher foi privada de acesso à justiça. Após tentativas frustradas de buscar apoio nos órgãos responsáveis pelos direitos humanos e pela consulta a estrangeiros, ela decidiu recorrer à justiça, disse ainda que, para os estrangeiros, mesmo que sejam discriminados, é difícil processar o governo nacional ou local porque temem que possam perder o seu estatuto de residência se tomarem qualquer acção perceptível.

Advogada Atsuko Nishiyama

A vítima desabafou, afirmando que todos deveriam compreender a importância dos direitos humanos, que são inerentes desde o nascimento, destacando a necessidade de políticas mais inclusivas e leis mais severas contra a discriminação e abuso de autoridade policial no Japão.

A RPJNEWS priorizará de forma absoluta este caso absurdo de discriminação e maus-tratos contra a mulher mulçumana pela polícia de Tóquio. Estamos comprometidos em fornecer atualizações detalhadas e investigativas, destacando as falhas nas instituições que deveriam oferecer suporte à vítima. Nosso objetivo é garantir que a injustiça seja exposta e que medidas adequadas sejam tomadas para prevenir futuros abusos de direitos humanos.

 
 
 
 
 
FONTE/CRÉDITOS: RPJNEWS
Comentários: