A globalização e os altos movimentos migratórios revelaram uma realidade cruel: a das pessoas que migram e são hostilizadas pelas suas origens.
A xenofobia pode ser expressa por ataques, como agressões físicas e verbais, mas também de maneira mais silenciosa, quando o preconceito é expresso por falas que, de alguma forma, menosprezem os estrangeiros. A xenofobia está sendo mais exposta no século XXI devido ao avanço da informação e das redes sociais.
No atual contexto global, onde a troca de informações e o acesso à internet são cada vez mais presentes na vida das pessoas, infelizmente também surgem aqueles que se aproveitam desses recursos para praticar crimes virtuais.
Os chamados "criminosos da informação" são indivíduos que utilizam a tecnologia para obter vantagens ilícitas, seja financeira, política ou socialmente.
O contexto é tão grave que até alguns japoneses saem em defesa dos brasileiros.
Infelizmente, também existem brasileiros que se envolvem nesse tipo de atividade delituosa, travestidos de cidadãos comuns, o que dificulta a identificação e a punição de tais indivíduos. Redes sociais com páginas Fakes ou mesmo com perfil verdadeiro, com opiniões e comentários mirabolantes em defesa do agressor ou da discriminação. Alguns comentários como“ Aprenda a lingua japonesa- Aqui as coisas são diferentes e deve ser respeitadas-Não está contente volta para o Brasil-Brasileiro só faz merda“. Preocupante as opiniões voltadas contra brasileiros ou estrangeiros no geral.
No Japão, a situação se agrava ainda mais para os brasileiros que enfrentam desafios e constrangimentos diários.
A RPJ surge como uma organização que busca ser um porto seguro para os brasileiros sérios, vem lutando constantemente contra as autoridades japonesas, contra o preconceito da população local e, mais alarmante ainda, contra os próprios brasileiros.
Existem brasileiros espalhados na internet que se intitulam como, ajudadores, prestadores de utilidade pública, que ao mesmo tempo, crítica e desinformam uma comunidade, na grande maioria, que está despreparada. O que torna mais agravante, são as grandes mídias que contribuem para essa situação.
A má informação é mais desesperadora que a não-informação. Charles Caleb Colton
A mídia brasileira, muitas vezes, colabora com a desinformação ao dar destaque exagerado aos casos de brasileiros envolvidos em crimes, reforçando estereótipos negativos e alimentando o preconceito contra a comunidade. Nós estamos no Japão com uma comunidade, muda a situação da informação que, feita com irresponsabilidade, por visibilidade ou por dinheiro, afeta comportamentos.
Para desconstruir essa "bolha" de auto recriminação e discriminação, é essencial que a sociedade como um todo se una em busca de informações verídicas e não generalize todos os brasileiros no Japão como criminosos.
A omissão de quem pode e não auxilia o povo é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira.Chico Xavier
É fundamental respeitar as diferenças culturais e entender que a maioria dos imigrantes estão em busca de uma vida melhor, longe de problemas sociais e econômicos enfrentados em seus países de origem.
Ao transmitir informações corretas e combater o preconceito, a RPJ e outras organizações semelhantes se esforçam para garantir que os brasileiros residentes no Japão tenham seus direitos protegidos e sejam tratados com dignidade.
Só existe opção quando se tem informação...Ninguém pode dizer que é livre para tomar o sorvete que quiser se conhecer apenas o sabor limão. Gilberto Diemnstein
É importante ressaltar que a RPJ não defende os criminosos, mas sim a justiça e o combate à discriminação. As denuncia são transformadas em matérias e, com isso, produzimos orientação e mostramos a realidade, vindo dos próprios brasileiros.
Exemplos do caso de D. Maria que foi expulsa do 7 eleven, caso Marinez , Onishi em Okinawa e agora do Sr. Rogério. Acham todas as justificativas, menos o foco, o tratamento e discriminação. Os crimes acontecem em todos os lugares, mas aqui no Japão, é claro em apontar apenas um culpado A VÍTIMA!!!
É preocupante também, o silêncio das pessoas de bem, por medo ou omissão. Chegou a hora de dizer "basta!" e lutar contra a discriminação e a injustiça, para que todos possam viver em harmonia e respeito mútuo.
Por Beto Nagaki
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