A RPJ manifesta publicamente seu temor e desapontamento com o sistema policial japonês, diante de uma série de falhas e aparentes injustiças observadas em casos envolvendo estrangeiros. Embora a imagem transmitida pelas autoridades seja a de uma polícia rigorosa e infalível, os relatos e os acontecimentos que envolvem cidadãos estrangeiros sugerem uma realidade diferente. Há uma percepção crescente de que a aplicação da lei privilegia cidadãos japoneses, criando um ambiente de proteção quase automática aos nativos, independentemente das evidências ou circunstâncias dos casos.
Diante desses problemas, a RPJ decide ajustar seu tom ao cobrir casos que revelam lacunas e incongruências no sistema de justiça japonês. Não se trata de defender aqueles que cometem crimes ou de proteger criminosos, mas de exercer um papel essencial de transparência e de assegurar que a justiça seja equitativa. Repudiamos a criminalidade e não estamos de mãos atadas. No entanto, o histórico recente de falhas no sistema e o tratamento desigual com estrangeiros no Japão não podem ser ignorados, especialmente quando até organizações internacionais de direitos humanos começam a questionar a imparcialidade da justiça japonesa.
A falta de informações claras à imprensa e ao público, como o laudo da autópsia, as imagens de câmeras de segurança e até mesmo a localização da arma do crime, levanta dúvidas preocupantes. Estes são dados que, por lei, deveriam ser disponibilizados à sociedade para assegurar a transparência do processo judicial. No entanto, o sigilo e a aparente omissão dessas informações, mesmo após tantas perguntas sem respostas, fragilizam a confiança pública na imparcialidade da polícia.
Assim, a RPJ afirma seu compromisso com uma cobertura jornalística que preze pela transparência e pela defesa dos direitos de todos os cidadãos, japoneses e estrangeiros. É nossa missão continuar questionando práticas injustas e exigindo um sistema mais equitativo, afinal, o dever de justiça deve ser para todos, sem distinções ou privilégios.
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