Dados recentes do governo japonês revelam que os trabalhadores no país tiveram uma redução nos salários reais, ajustados pela inflação, pelo quarto mês consecutivo em novembro.
De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, os salários médios reais apresentaram uma queda de 0,3% em ienes em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esses números são baseados em uma pesquisa nacional que abrange cerca de 30 mil empresas com no mínimo cinco empregados.
Apesar da queda no poder de compra, a renda média mensal dos trabalhadores, que inclui o salário-base e remunerações extras, alcançou 305.832 ienes (aproximadamente 1.930 dólares), representando um aumento nominal de 3% em relação ao ano anterior. Esse crescimento positivo foi registrado por 35 meses consecutivos.
O salário-base também registrou um avanço significativo de 2,7%, atingindo 265.082 ienes (cerca de 1.670 dólares), o maior aumento em mais de três décadas. No entanto, o impacto da inflação sobre os preços ao consumidor neutralizou os ganhos, deixando os trabalhadores com menor capacidade de compra.
Especialistas do Ministério do Trabalho avaliam que as negociações salariais anuais têm produzido resultados significativos. Entretanto, o aumento do custo de vida continua sendo um desafio para as famílias japonesas, que enfrentam despesas cada vez mais elevadas.
Esse cenário reflete as dificuldades econômicas do Japão, que busca equilibrar a recuperação salarial com o controle da inflação para melhorar o bem-estar da população.
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