Na sexta-feira (28), no Salão Oval da Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, iniciaram uma conversa aos gritos, uma demonstração que apenas ressaltou o futuro incerto da assistência americana a Kiev em meio a invasão russa iniciada em 2022.
Castigando Zelensky por não demonstrar gratidão suficiente pelo apoio americano, Trump e seu vice-presidente, J.D. Vance, levantaram a voz, acusando o líder de impedir um acordo de paz com a Rússia, já que a invasão em larga escala ultrapassou seu terceiro ano.
“Neste momento, o senhor não está em uma posição muito boa. O senhor se permitiu ficar em uma posição muito ruim”, disse Trump. “O senhor não tem as cartas agora. Conosco, o senhor começa a ter as cartas.”
“Não estou jogando cartas”, disse Zelensky.
Veja a reunião no salão Oval na Casa Branca
Aumentando o tom de voz depois de mais algumas trocas de palavras, Trump disse: “O senhor está apostando com a vida de milhões de pessoas. Está apostando com a Terceira Guerra Mundial”.
Em um determinado momento, Vance acusou Zelensky de ser “desrespeitoso” com os anfitriões norte-americanos.
“O senhor não está agindo com tanta gratidão”, acrescentou Trump.
Após a reunião
Após a conversa, os dois líderes foram para salas separadas e Trump ordenou que os ucranianos fossem embora, disse uma autoridade da Casa Branca.
Os ucranianos protestaram e quiseram continuar as conversas, mas foi-lhes dito que não, segundo uma autoridade da Casa Branca.
Uma coletiva de imprensa conjunta programada foi cancelada, e Zelensky partiu em seu SUV preto sem assinar um acordo planejado para fornecer acesso dos EUA aos minerais de terras raras da Ucrânia.
Trump postou nas redes sociais que seu colega não seria bem-vindo de volta até que estivesse “pronto para a paz”.
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