A violência no Japão é geralmente considerada baixa em relação a outros países, mas casos de abuso policial como o mencionado acima levantam preocupações sobre a conduta das forças policiais.
É importante ressaltar que esses incidentes envolvem uma minoria de policiais e não representam toda a instituição.
No caso específico da delegacia de Okazaki, em Aichi-Ken, onde nove policiais estão sendo processados pelo Ministério Público, a confiança do público nas forças policiais foi abalada. As acusações incluem negligência e abusos que resultaram em severas violações dos direitos humanos.
Em dezembro de 2022, um homem foi preso por obstruir um trabalho de investigações e dificultar a ação policial. Embora as informações sobre o caso sejam limitadas, sabe-se que o homem, de 43 anos e não identificado, estava gravemente desidratado e sofria de diabetes. Durante 130 horas de detenção, a polícia o amarrou e não forneceu nenhum remédio, mesmo após a família solicitar sua internação. Além disso, ele não recebeu comida e água durante todo esse período.
Além dessas negligências, a polícia é acusada de agredir fisicamente o homem, chutando-o e espancando-o, e de criar um relatório falso de acusação.
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Esse caso não é o primeiro em que a polícia é acusada de falsificar relatórios, o que levanta preocupações sobre a credibilidade das informações fornecidas por eles.
Diante dessas denúncias, é necessário que sejam realizadas verificações detalhadas e imparciais para apurar todas as violações dos direitos humanos cometidas pela polícia.
O princípio da justiça criminal preconiza que uma pessoa é inocente até que sua culpa seja provada em tribunal, e qualquer violação aos direitos individuais além do estritamente necessário é inaceitável.
Em relação ao tratamento dos detidos, é essencial estabelecer um sistema de verificação por terceiros para garantir que sejam tratados adequadamente. Esse sistema possibilitaria a fiscalização imparcial e constante das condições nos centros de detenção, evitando abusos e violações dos direitos humanos.
Relatos de estrangeiros, como o caso do Sr. Rogério de Toyama, queimando lixo em seu quintal e sendo tratado como um criminoso internacional, destacam a importância de uma revisão abrangente das práticas policiais.
É necessário que as forças de segurança recebam treinamentos apropriados para lidar com casos de estrangeiros, evitando discriminação e tratamento injusto.
O Japão, como uma nação desenvolvida e com um sistema democrático, precisa assegurar que as forças policiais sejam responsáveis por suas ações e que os direitos humanos sejam integralmente respeitados.
A instauração de uma cultura de transparência, prestação de contas e respeito aos direitos individuais é fundamental para prevenir a ocorrência de tragédias semelhantes e restaurar a confiança do público na instituição policial.
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