O número de idosos presos no Japão tem aumentado significativamente, com uma predominância marcante entre as mulheres. Segundo Koichi Hamai, professora da Universidade Ryukoku, o isolamento social é um dos principais fatores que levam as mulheres idosas a cometerem crimes, buscando na prisão um lugar onde possam receber cuidados, atenção e atividades sociais.
Esse fenômeno é refletido nos mais de 4 milhões de mulheres idosas que vivem sozinhas no Japão, um número que é o dobro do número de homens na mesma condição. Vários fatores contribuem para essa situação, incluindo a maior expectativa de vida das mulheres, divórcios, solteirice, abandono pelos filhos devido à velhice, doenças mentais e degenerativas, entre outros.
Entre os crimes cometidos por esses idosos, os mais comuns são os roubos em lojas, que representam cerca de 82,5% dos casos, e roubos de bagagens, com 90%. Além disso, muitos crimes são cometidos devido a doenças mentais e à incapacidade dos idosos de cuidarem de si mesmos.
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A crescente população carcerária idosa tem causado desafios para as prisões, que não possuem cuidadores suficientes para atender a demanda. Uma das soluções encontradas pela prisão de Kasamatsu foi ensinar cuidados básicos de enfermagem para prisioneiros saudáveis, permitindo que eles ajudem no cuidado de outros internos.
Outro problema significativo é a reincidência. Muitos idosos voltam a cometer pequenos furtos pouco tempo depois de saírem da prisão. Para combater isso, as instituições prisionais têm se empenhado cada vez mais na reabilitação dos internos. Entre as medidas de reabilitação estão aulas de ginástica e fisioterapia para os idosos, ajudando-os a recuperar a saúde e reduzir a dependência de cuidados de enfermagem durante o cumprimento de suas penas.
Além disso, muitas prisões estão contratando mais cuidadores e aumentando a participação de grupos de apoio aos internos que deixam a prisão. Em todo o Japão, as províncias possuem centros de ajuda a ex-detentos, com o objetivo de facilitar sua reintrodução na sociedade. Esses centros estão cada vez mais dedicados a auxiliar idosos que não possuem amigos ou família para cuidar deles.
Essa situação destaca a necessidade urgente de políticas e programas sociais que abordem o isolamento dos idosos, oferecendo suporte adequado e prevenindo a criminalidade entre essa população vulnerável.
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