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Quinta-feira, 14 de fevereiro

Comunidade

Grupos Exigem Fim da Exigência de Nacionalidade para Servidores Públicos no Japão

Residentes estrangeiros e grupos de cidadãos protestam contra discriminação e limitações para estrangeiros em cargos públicos.

Toshio Sudo
Por Toshio Sudo
Grupos Exigem Fim da Exigência de Nacionalidade para Servidores Públicos no Japão
Mainichi
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No dia 23 de agosto, grupos de cidadãos japoneses e residentes estrangeiros das prefeituras de Kanagawa e Hyogo se reuniram na Dieta para negociar diretamente com autoridades do governo central, exigindo a abolição completa da exigência de nacionalidade japonesa para servidores públicos. A reunião contou com a participação de professores de nacionalidade estrangeira que expressaram suas preocupações sobre a discriminação que enfrentam.

Embora a cláusula de nacionalidade para contratação de professores em escolas públicas tenha sido abolida em 1991, muitos estrangeiros continuam limitados a cargos de "professores em tempo integral", sem permissão para ocupar posições de liderança. Além disso, muitos governos locais ainda não permitem que estrangeiros participem de concursos públicos, e em municípios onde essa possibilidade existe, eles são restritos a determinados campos de atuação.

Em 2018, o Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial emitiu um aviso ao governo japonês, exigindo correções a essa situação. No entanto, mudanças significativas ainda não foram implementadas.

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Uma das participantes da reunião, uma professora estrangeira de 54 anos que trabalha em uma escola de ensino médio em Yokohama, compartilhou sua frustração com a situação. Embora tenha sido convidada a se envolver no ensino de alunos com necessidades especiais, ela se viu obrigada a recusar, afirmando que a questão da nacionalidade a impede de assumir um papel de liderança e afeta sua motivação e o desempenho de seus alunos. "Sou sistematicamente discriminada e estou constantemente me perguntando o que fazer", desabafou a professora.

Em resposta, um representante do Ministério da Educação afirmou que a nomeação e o tratamento de professores são responsabilidade dos conselhos de educação, mas a resposta foi vista como insatisfatória pelos participantes do encontro, que continuam a lutar por mudanças no sistema.

FONTE/CRÉDITOS: Mainichi
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