O Japão está enfrentando uma das maiores nevascas dos últimos anos, com acumulados de neve superiores a 60 centímetros em algumas regiões. A Agência Meteorológica do Japão (AMJ) estendeu o alerta de fortes nevascas até 9 de fevereiro, devido à persistência de uma massa de ar polar sobre o país.
Neve intensa e generalizada
A região de Hokuriku foi uma das mais atingidas, com cidades como Kaneyama, na província de Fukushima, registrando 65 centímetros de neve em apenas 24 horas. Shirakawa, em Gifu, e Akaigawa, em Hokkaido, também registraram acumulados significativos, com 55 cm e 54 cm, respectivamente.
A neve não se limitou às regiões norte e central do Japão. Mesmo em áreas menos habituadas a grandes nevascas, como Kagoshima, na ilha de Kyushu, foram registrados 2 centímetros de neve no mesmo período.
Impactos e previsões
A intensidade da nevasca tem causado diversos transtornos, como interrupções no transporte, fechamento de escolas e comércio, além de riscos de acidentes. A AMJ alerta para a possibilidade de novos acumulados de neve, especialmente nas regiões de Hokuriku e Tohoku, onde a Zona de Convergência de Massas de Ar Polar do Mar do Japão (JPCZ) deve intensificar a queda de neve.
Além da neve, ventos fortes e tempestades também estão sendo registrados em diversas regiões, aumentando os riscos de deslizamentos de terra e interrupção no fornecimento de energia elétrica.
Recomendações
As autoridades japonesas recomendam que a população adote medidas de segurança, como:
- Evitar viagens desnecessárias, especialmente em áreas com alta probabilidade de nevasca;
- Utilizar pneus de inverno e correntes para pneus, caso seja necessário sair de casa;
- Acompanhar as informações da meteorologia e seguir as orientações das autoridades locais;
- Preparar kits de emergência com alimentos, água, medicamentos e outros itens essenciais.
Um inverno rigoroso
A onda de frio que atinge o Japão é considerada uma das mais intensas dos últimos anos. A combinação de uma massa de ar polar com um sistema de baixa pressão tem gerado condições climáticas extremas, com nevascas e ventos fortes em diversas regiões do país.
É esperado que a situação se normalize gradualmente a partir de 9 de fevereiro, com a diminuição da intensidade da massa de ar frio. No entanto, as autoridades alertam para a possibilidade de novos eventos climáticos extremos nos próximos meses.
Comentários: