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Quinta-feira, 14 de fevereiro

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O Rádio e Suas Transformações: Do Auge à Era Digital

Tendência nostálgica no Brasil: o retorno dos sucessos das décadas de 1970, 1980 e 1990

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O Rádio e Suas Transformações: Do Auge à Era Digital
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Desde a década de 1990, o rádio tem passado por grandes transformações, impactando tanto os profissionais da área quanto o formato de produção e distribuição de conteúdo. Com o avanço da internet, o surgimento de softwares de edição e a popularização do formato MP3, diversas funções foram extintas ou reconfiguradas. Essas mudanças resultaram na desvalorização de locutores publicitários, tornando o mercado mais competitivo e, por vezes, precarizado. Hoje, é comum encontrar "locutores" oferecendo serviços por preços ínfimos na internet, o que reflete essa marginalização da profissão.

Durante os governos de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma ampla concessão de autorizações para rádios comunitárias, o que popularizou ainda mais o acesso à radiodifusão. Além disso, foi no governo Dilma que ocorreu a retirada da obrigatoriedade do diploma de jornalismo, medida que também impactou o setor de comunicação. Outra grande mudança no rádio ocorreu com a migração das rádios AM (Amplitude Modulada) para FM (Frequência Modulada), visando melhor qualidade de som e maior alcance de público. No entanto, o maior desafio veio com o crescimento do streaming, que afetou significativamente tanto o rádio quanto a televisão aberta.

Ferreira Martins-Apresentador e locutor publicitário, um Of de 30 segundos pode custar 100 mil reais.

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Embora a internet tenha trazido avanços em diversos setores, no campo da comunicação tradicional, suas consequências foram drásticas. A facilidade de produção e transmissão de conteúdo fez com que qualquer pessoa pudesse se intitular locutor ou apresentador, o que impactou a qualidade das programações. Os grandes profissionais do rádio, conhecidos por sua dicção impecável e presença marcante, tornaram-se cada vez mais raros. Nomes como Ferreira Martins, Silvio Santos, Marcelo Zamarian, Emílio Surita, Julinho Mazei e Sérgio Boca representam um padrão de excelência difícil de ser igualado.

Emílio Surita                                                                               Julinho Mazzei

Eli Correa                                                                   Ferreira Martins

Além da questão dos locutores, a qualidade musical e a programação das rádios também sofreram mudanças. No entanto, observa-se uma tendência nostálgica no Brasil: o retorno dos sucessos das décadas de 1970, 1980 e 1990. Esse fenômeno pode ser percebido em veículos, comércios e até mesmo em ambientes fechados, onde predominam clássicos do passado. Bandas como Alphaville, Red Hot Chili Peppers, Dire Straits e Depeche Mode voltaram a ser frequentemente tocadas e apreciadas pelo público brasileiro.

Rádio Cidade original

Diante desse cenário, a rádio RPJ decidiu focar sua grade musical no estilo clássico, com 80% de sua programação voltada para flashbacks, além de horários específicos para o sertanejo. Essa estratégia visa atender a um público que busca qualidade musical e valoriza os grandes sucessos do passado. O resultado? Uma audiência satisfeita e programadores que reconhecem a importância de manter viva a essência do bom rádio. Afinal, tecnologias podem mudar, mas a paixão pela boa música e pelo profissionalismo no rádio continua inabalável.

FONTE/CRÉDITOS: Rádio RPJ
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