TÓQUIO – Um inspetor da Polícia Metropolitana de Tóquio foi preso por desviar dinheiro de locais de incêndio durante investigações oficiais. Ryoji Masano, de 51 anos, atuava como detetive especializado em perícia de incêndios e é acusado de cometer uma série de furtos ao longo dos últimos anos.
Segundo as autoridades, Masano teria roubado cerca de 3 milhões de ienes de um apartamento em Shibuya, em 2022. No entanto, a investigação apontou que esse não foi um caso isolado: ele é suspeito de ao menos dez furtos semelhantes, que somam mais de 9 milhões de ienes desviados.
A conduta do inspetor só veio à tona após uma denúncia anônima, na qual um cidadão relatou ter visto um homem colocando dinheiro no bolso durante uma ocorrência. A partir desse alerta, a própria polícia iniciou uma apuração interna. Durante o interrogatório, Masano confessou os crimes. Agora, os investigadores tentam identificar se ele cometeu outras irregularidades enquanto exercia sua função.
O episódio escancara falhas graves dentro da estrutura da polícia japonesa e levanta um alerta sobre a credibilidade de investigações conduzidas por agentes suspeitos de corrupção.
Para a comunidade brasileira no Japão, o caso acende um sinal de alerta, especialmente diante da morte ainda não esclarecida da jovem Amanda Borges da Silva. A falta de transparência e o comportamento das autoridades japonesas em casos que envolvem estrangeiros têm gerado desconfiança entre familiares, juristas e jornalistas que acompanham o caso de perto.
Reportagem da Tv japonesa TBS evidência diferenças em casos
Hoje, com a força das redes sociais e o acesso à informação em tempo real, situações como essa dificilmente passam despercebidas. A sociedade está mais vigilante e denúncias como esta vêm desempenhando um papel essencial no enfrentamento da corrupção institucional — algo que, anos atrás, dificilmente seria comprovado.
Fonte/Créditos: Da redação
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