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Quinta-feira, 14 de fevereiro

Comunidade

Tóquio será a primeira prefeitura do Japão a subsidiar parto sem dor

Iniciativa visa combater a queda na taxa de natalidade, mas segurança do procedimento ainda gera preocupações

Pathy Moraes
Por Pathy Moraes
Tóquio será a primeira prefeitura do Japão a subsidiar parto sem dor
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A partir de outubro de 2025, Tóquio se tornará a primeira prefeitura do Japão a subsidiar os custos do parto sem dor, no qual a anestesia peridural é utilizada para aliviar a dor do parto. A medida é vista como um incentivo para combater o declínio da taxa de natalidade, mas especialistas alertam para a necessidade de garantir um ambiente seguro para as gestantes.

Atualmente, cerca de 20% das instituições médicas em Tóquio não adotam o formulário de inspeção voluntária criado pelo governo, o que levanta preocupações diante de casos anteriores de complicações e até mortes relacionadas ao procedimento.

A anestesia peridural, método mais comum para o parto sem dor, é aplicada por meio de um cateter inserido entre a medula espinhal e a coluna vertebral. Como se trata de um tratamento médico eletivo, o custo do procedimento pode adicionar dezenas de milhares de ienes ao valor total do parto.

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Para reduzir esse impacto financeiro, o Governo Metropolitano de Tóquio oferecerá subsídios de até 100.000 ienes para residentes que optarem pelo parto sem dor em instalações médicas aprovadas. A proposta orçamentária inicial para o ano fiscal de 2025 prevê um investimento de 1,2 bilhão de ienes para cobrir esses subsídios, além de financiar sessões de treinamento para garantir a segurança do procedimento.

De acordo com uma pesquisa da Sociedade Japonesa de Obstetrícia e Ginecologia, o número de partos sem dor no Japão representou 11,6% do total de nascimentos em 2023, um aumento de 6,4 pontos percentuais em relação a 2018. Já um levantamento realizado pelo Governo Metropolitano de Tóquio com 10.000 mães que deram à luz entre abril de 2023 e o verão de 2024 revelou que 63% manifestaram interesse em receber anestesia peridural em uma futura gravidez.

Apesar do avanço na aceitação do parto sem dor, especialistas ressaltam a importância de padronizar protocolos de segurança e expandir o número de profissionais capacitados para garantir um atendimento adequado às gestantes.

FONTE/CRÉDITOS: Da redação
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