Megumi Hirose, ex-membro da Câmara dos Conselheiros e ex-integrante do Partido Liberal Democrata (PLD), está enfrentando graves acusações de fraude governamental. Hirose, que deixou seu cargo e o partido no último mês, é acusada de ter desviado mais de 3,5 milhões de ienes em salários de secretariado, relativos a um funcionário público que, na realidade, nunca exerceu suas funções.
De acordo com o Departamento de Investigação Especial do Ministério Público do Distrito de Tóquio, Hirose teria fraudado o governo ao relatar que uma mulher, que na verdade não trabalhou como secretária pública, ocupava o cargo de sua segunda secretária entre dezembro de 2015 e dezembro do ano passado. Durante esse período, a mulher recebeu cerca de 358 mil ienes em salários e benefícios, que foram transferidos diretamente para Hirose através do primeiro secretário oficial do marido da mulher.
As investigações revelaram que a maior parte desses fundos foi posteriormente direcionada à conta de Hirose, levantando suspeitas sobre a origem e o destino dos recursos públicos. O Departamento de Investigação Especial conduziu buscas no gabinete de Hirose no final de julho e formalizou a denúncia enquanto ela ainda estava em casa, considerando a falta de risco de destruição de provas ou fuga.
Em uma declaração oficial, Hirose admitiu a irregularidade: “É verdade que pedi à esposa de um primeiro secretário público para ser meu segundo secretário público, a fim de aumentar as despesas do meu cargo, e que recebi financiamento do salário do secretário, que foi um ato impensado. Lamento profundamente o ocorrido.”
Na tarde do dia 30, Hirose fez uma nova declaração pedindo desculpas ao povo japonês e aos funcionários e apoiadores da Câmara dos Conselheiros, destacando que devolveu integralmente o valor desviado, acrescido dos juros legais.
O caso de Megumi Hirose ressalta a necessidade de maior transparência e fiscalização sobre o uso de fundos públicos e pode impactar a percepção pública sobre a integridade dos políticos no Japão. A investigação continua e a ex-política deverá enfrentar as consequências legais de suas ações.
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