Portal RPJNEWS

Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024

Notícias Mundo

Igreja Católica é acusada de vender cerca de 30 mil recém-nascidos na Bélgica

A maioria das mães nem sabia o que acontecia com os bebês após o parto

Igreja Católica é acusada de vender cerca de 30 mil recém-nascidos na Bélgica
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

Na Bélgica, a Igreja Católica está em meio a um escândalo sem precedentes: a venda de cerca de 30 mil recém-nascidos. A maioria das mães nem sabia o que acontecia com os bebês após o parto. As mulheres envolvidas eram solteiras grávidas que foram levadas para instituições católicas para dar à luz. Algumas relataram que sofreram abusos sexuais. Os crimes teriam acontecido entre os anos de 1950 e 1980. A denúncia foi feita por um jornal belga.

Esta semana, o informativo Het Laatste Nieuws (HLN) publicou novos depoimentos de mulheres que foram obrigadas a abandonarem seus bebês ao nascer e de adultos que foram adotados -alguns ainda em busca de suas origens- que afirmam terem sido "vendidos" quando crianças pela Igreja a sua família adotiva. 

 

 

HLN estima que até 30.000 crianças teriam sido separadas de suas mães na Bélgica entre 1945 e a década de 1980. A Igreja Católica não confirmou as informações .

Na maioria dos casos, as mães eram jovens solteiras, às vezes vítimas de estupro ou incesto, cujos pais queriam ocultar a gravidez. Nestes casos, eram colocadas em contato com ordens religiosas, que por sua vez, entravam em contato com famílias que buscavam a adoção.

"Não eram crianças compradas. Não aceitamos a expressão", questionou o porta-voz dos bispos. 

"As famílias que buscavam a adoção agradeciam as religiosas quando recebiam os bebês e contribuíam financeiramente com o funcionamento das comunidades religiosas", indicou.

Este escândalo já havia sido notícia na Bélgica em 2014-2015, durante uma série de audiências ante o Parlamento regional.

Na época, milhares de adoções forçadas durante as décadas do pós-guerra foram denunciadas.

Segundo Scholtès, os bispos já haviam expressado na ocasião seu desejo de que os serviços da infância de Flandes ("Kind en Gezin") realizassem uma investigação baseada nos arquivos das comunidades religiosas que acolhiam futuras mães.

 

 

FONTE/CRÉDITOS: HLN-Tv Record
Comentários:

Veja também