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Quinta-feira, 14 de fevereiro

Saúde

Medicamento para Alzheimer co-desenvolvido pela Eisai é aprovado para uso no Japão

Testes do lecanemab da Eisai Co. mostram que ele retarda a doença de Alzheimer nos estágios iniciais

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Por RPJNews
Medicamento para Alzheimer co-desenvolvido pela Eisai é aprovado para uso no Japão
Eisai Co.
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O Ministério da Saúde aprovou um medicamento que ajuda a retardar a progressão da doença de Alzheimer nas fases iniciais, o que significa que o medicamento estará disponível comercialmente já no final do ano.

O lecanemab, o primeiro medicamento concebido para remover a beta-amilóide, uma proteína que se acredita causar a doença de Alzheimer, foi desenvolvido pela japonesa Eisai Co. e pela sua parceira norte-americana, Biogen Inc.

“Acreditamos que viramos uma nova página na história do tratamento da doença de Alzheimer”, disse o CEO da Eisai, Haruo Naito, em comunicado.

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As autoridades dos EUA deram aprovação total ao lecanemab, vendido sob a marca Leqembi, em julho.

O medicamento é direcionado a pacientes com doença de Alzheimer leve, aqueles com comprometimento cognitivo leve, como perda de memória.

Num ensaio clínico internacional envolvendo cerca de 1.800 pacientes durante 18 meses, o declínio na memória e outras funções foi 27% menor entre aqueles que receberam lecanemab do que entre os pacientes que receberam placebo.

No entanto, foram relatados efeitos colaterais da medicação, como micro-hemorragias cerebrais, em uma certa porcentagem de pacientes.

A medicação é cara e pode pesar fortemente nos programas de seguro de saúde público, dado que cerca de 6 milhões de pessoas no Japão sofrem de demência.

Nos Estados Unidos, o tratamento com lecanemab, coberto pelo seguro médico para idosos, custa 26.500 dólares (3,9 milhões de ienes) por ano.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão determinará o preço do medicamento no prazo máximo de 90 dias“A medicação ajudará a reduzir a carga dos cuidadores familiares e permitirá que os pacientes trabalhem por mais tempo”, disse Naito. “Tais benefícios para a sociedade devem refletir-se no seu preço.

No Japão, espera-se que os pacientes ambulatoriais com 70 anos ou mais e com uma renda anual padrão de 1,56 milhões a 3,7 milhões de ienes paguem um máximo de 144 mil ienes (US$ 967) por ano pelo lecanemab, graças ao sistema de pagamento limitado do país.

FONTE/CRÉDITOS: ASAHI
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