Nos últimos dias, o ministro japonês Ishiba — conhecido por seu discurso firme e postura nacionalista — tem colocado em prática uma política rígida de combate à imigração ilegal no Japão. A iniciativa, que vem sendo comparada às medidas adotadas pelo presidente americano Donald Trump, tem como objetivo “zerar” o número de estrangeiros ilegais no país.
As ações incluem operações de fiscalização, aumento no número de deportações, revisão de vistos de longa duração e restrições mais severas para entrada de estrangeiros com histórico migratório irregular.
No entanto, a postura dura contra os estrangeiros vem despertando críticas, não apenas por seu teor xenófobo, mas também por ignorar a importância da mão de obra imigrante em setores-chave da economia japonesa. A indústria, a construção civil, o setor agrícola e até o atendimento hospitalar dependem, cada vez mais, de trabalhadores estrangeiros — especialmente diante do envelhecimento acelerado da população japonesa e da queda na taxa de natalidade.
Especialistas alertam que uma política de expulsão em massa pode prejudicar a produtividade, aumentar o custo de mão de obra e até gerar retração econômica em regiões que dependem de trabalhadores estrangeiros.
Embora Ishiba continue com alto índice de apoio entre os setores mais conservadores, cresce a tensão dentro do próprio governo e entre diplomatas de países com comunidades significativas no Japão, como Filipinas, Vietnã, Brasil e Nepal.
A medida, ainda em curso, promete ser um dos temas mais polêmicos da política japonesa nos próximos meses. A dúvida que fica: até que ponto o Japão está disposto a abrir mão da diversidade em nome do controle?
Fonte/Créditos: Da redação
Créditos (Imagem de capa): RPJNEWS
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