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Portugal notificará mais de 5 mil brasileiros para deixar o país voluntariamente

Medida afeta imigrantes com pedidos de residência negados e reforça tendência internacional de políticas migratórias mais rígidas, em sintonia com o chamado “efeito Trump”

Portugal notificará mais de 5 mil brasileiros para deixar o país voluntariamente
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O governo de Portugal iniciou o processo de notificação de 5.386 brasileiros para que deixem o país de forma voluntária, após terem seus pedidos de residência negados. A informação foi divulgada pela imprensa portuguesa nesta segunda-feira (2) e faz parte de uma ação mais ampla que atinge um total de 34 mil imigrantes em situação irregular no país.

A medida vem sendo conduzida pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), com cerca de 2 mil notificações sendo emitidas por dia. Os imigrantes têm o prazo de até 20 dias para sair do território português. Caso contrário, poderão ser deportados de maneira coercitiva.

Os brasileiros representam o segundo maior grupo atingido, atrás apenas dos indianos. A lista também inclui imigrantes de países como Bangladesh, Nepal, Paquistão, Argélia e Marrocos. A decisão reflete o aumento no rigor da política migratória portuguesa, que tem sido acelerada desde o final de maio.

Distribuição das notificações por nacionalidade:

  • Indianos: 13.466

  • Brasileiros: 5.386

  • Bangladeses: 3.750

  • Nepaleses: 3.279

  • Paquistaneses: 3.005

  • Argelinos: 1.054

  • Marroquinos: 603

  • Colombianos: 236

  • Venezuelanos: 234

  • Argentinos: 180

  • Outras nacionalidades: 2.790

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou que milhares de processos seguem em análise e que o número de rejeições tende a crescer. Atualmente, a taxa de indeferimentos é de 18,5%.

A medida portuguesa acompanha uma onda mais ampla de endurecimento das políticas migratórias em diversas partes do mundo, ecoando o chamado "efeito Trump" — expressão usada para descrever a guinada conservadora e nacionalista que se espalhou após a eleição do ex-presidente dos Estados Unidos. Países como Itália, Reino Unido e Hungria, por exemplo, também vêm adotando medidas mais severas contra a imigração, mesmo quando enfrentam escassez de mão de obra.

No caso de Portugal, a decisão tem gerado críticas de organizações defensoras dos direitos humanos, que alegam falta de transparência e apoio institucional adequado para os imigrantes afetados. Para muitos brasileiros que buscaram no país europeu uma alternativa de vida mais segura e estável, a notificação representa um revés inesperado e preocupante.

Fonte/Créditos: Da redação

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Reportagem comunitária integrando brasileiros no exterior

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