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Sabado, 05 de Outubro de 2024

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Nissan é considerada parcialmente culpada em julgamento sobre remuneração subestimada de Carlos Ghosn

Ex-diretor Greg Kelly foi acusado de conluio no esquema e aguarda veredicto em fevereiro

Nissan é considerada parcialmente culpada em julgamento sobre remuneração subestimada de Carlos Ghosn
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A Nissan Motor Co. foi considerada parcialmente culpada no primeiro julgamento por violação da Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio, relacionada a declarações falsas em relatórios de valores mobiliários. O caso envolve a subestimação da remuneração de Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan, e o ex-diretor Greg Kelly, de 68 anos, que foi detido no dia 19 pelo Tribunal Superior de Tóquio. A promotoria pede uma condenação total, enquanto a defesa alega completa inocência. O veredicto final será proferido no dia 4 de fevereiro do próximo ano.

Kelly foi acusado de conspirar com Ghosn e Toshiaki Onuma, ex-chefe do secretariado da Nissan, para ocultar a verdadeira remuneração de Ghosn ao longo de oito anos, até março de 2018. O caso se tornou um dos maiores escândalos corporativos da história recente do Japão, envolvendo figuras de alto escalão da empresa e jogando luz sobre a governança interna da montadora.

Durante o julgamento, a promotoria destacou o depoimento de Onuma, que afirmou ter mostrado documentos a Kelly e relatado a ele detalhes da remuneração subestimada de Ghosn. O testemunho foi considerado pela promotoria como confiável. No entanto, a defesa de Kelly argumentou que Onuma estaria "fazendo declarações falsas ativamente" e negou que qualquer documento tenha sido mostrado ao ex-diretor durante o período em questão.

Em março de 2022, o Tribunal Distrital de Tóquio já havia questionado a credibilidade do depoimento de Onuma, que foi obtido por meio de um acordo judicial japonês, semelhante ao "plea deal" utilizado em outros países. O tribunal não encontrou evidências objetivas que sustentassem totalmente as acusações contra Kelly. Como resultado, ele foi condenado por apenas um dos oito anos de remuneração subestimada de Ghosn, recebendo uma sentença de seis meses de prisão com três anos de liberdade condicional.

O caso, que atraiu a atenção internacional, continua a ser um ponto central no debate sobre a transparência e as práticas de governança corporativa no Japão, com implicações significativas para o futuro da Nissan e para o sistema de justiça do país.

FONTE/CRÉDITOS: Da redação
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