As fortes chuvas que assolaram a província de Yamagata e regiões vizinhas há três dias continuam a causar sérios danos e preocupação entre os moradores. Na cidade de Shinjo, duas pessoas perderam a vida, enquanto em Sakata, onde uma pessoa ainda está desaparecida, mais de 100 pessoas permanecem em centros de evacuação, lutando contra os efeitos das enchentes e deslizamentos.
Evacuação e Destruição
No ginásio da Escola Primária Municipal de Ichijo, um dos centros de evacuação, cerca de 30 pessoas, incluindo idosos que vivem sozinhos e famílias, buscam abrigo em tendas improvisadas e camas de papelão. A situação é crítica, com muitos desabrigados enfrentando a destruição de suas casas.
No distrito de Osawa, uma mulher de 80 anos relatou que o rio Arase transbordou, trazendo lama e madeira flutuante para sua residência. "É impossível limpar sem equipamento pesado. Mesmo depois de terminarmos, ainda está coberto de lama e não sei por onde começar," disse ela, preocupada com a previsão de mais chuvas. "Não quero que seja como foi no outro dia."
Outro morador de 70 anos, cuja casa foi destruída por um deslizamento de terra, disse que não tem escolha a não ser desistir de morar lá. "Minha casa foi completamente devastada pela terra que deslizou da montanha atrás da área."
Impacto em Comunidades Locais
No Centro Comunitário de Uchigo em Aizawa, cerca de 50 pessoas foram evacuadas. A área circundante, próxima ao rio Mogami, foi severamente inundada pelas chuvas intensas, causando a evacuação de muitas famílias.
Toichi Shoji, de 74 anos, chefe do centro de evacuação e presidente da comunidade local, expressou preocupação com a saúde dos evacuados, especialmente aqueles com doenças crônicas. "Estou preocupado com a saúde dos evacuados que têm doenças crônicas. É difícil para eles ficarem no centro de evacuação por um período prolongado."
Devastação em Sakata
A área de Jozenji, na cidade de Sakata, sofreu gravemente com as inundações. No dia 25, o rio Arase transbordou, levando grandes quantidades de terra, areia, madeira flutuante e pedras para as casas e campos de arroz. Terra e areia com espessura de várias dezenas de centímetros a um metro ainda se acumulam ao redor das residências, dificultando a limpeza e recuperação das propriedades.
Moradores passaram o fim de semana trabalhando arduamente para remover a terra e areia com pás e maquinaria pesada, tentando limpar suas casas que foram inundadas. No entanto, muitos estão perplexos diante da enorme quantidade de detritos que ainda cobre a área.
A continuidade das chuvas intensas e o estado vulnerável do solo deixam a população em alerta constante, enquanto esperam por dias mais secos para iniciar a recuperação.
Comentários: