A St. Rosa Clinic Towers e um médico ginecologista de 69 anos foram indiciados por negligência profissional resultando em morte, após uma estudante de 17 anos falecer em decorrência de um procedimento para interrupção da gravidez em novembro de 2015, na cidade de Yokohama.
O caso foi inicialmente arquivado em setembro de 2016, mas, após novas investigações e depoimentos de especialistas, a Justiça decidiu retomar o processo e responsabilizar a clínica e o médico.
Negligência médica e falhas no atendimento
A jovem, que estava grávida de 21 semanas, passou por um pré-procedimento para dilatação do colo do útero, necessário para o aborto. No entanto, sua bolsa estourou durante o tratamento, aumentando significativamente os riscos de complicações. Apesar disso, o médico não a internou, optando por enviá-la para casa.
Poucos dias depois, a estudante passou mal e foi levada às pressas para outro hospital, onde morreu por falência múltipla de órgãos. A polícia de Kanagawa concluiu que a omissão do médico foi determinante para o agravamento do quadro da jovem e sua consequente morte.
Consequências e processo judicial
A Associação Médica de Kanagawa, após analisar o caso, suspendeu a clínica de realizar abortos por seis meses em 2016. A instituição entrou com um processo contra a associação, alegando que não havia provas concretas de que o erro médico foi a causa direta da morte.
A Justiça, no entanto, entendeu que houve negligência ao não hospitalizar a paciente, apesar dos sinais de risco. Erros médicos e diagnósticos equivocados são recorrentes no Japão, levantando preocupações sobre a segurança dos pacientes e a fiscalização dos profissionais de saúde no país.
A identidade do médico não foi divulgada, e a polícia não informou se ele admitiu culpa no caso. O desdobramento do processo pode definir novas diretrizes para a atuação de clínicas ginecológicas e reforçar a necessidade de maior supervisão nos procedimentos médicos no Japão.
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