Em um escândalo que abala a confiança pública no sistema judicial japonês, o Ministério Público de Osaka prendeu no dia 25 de junho o ex-procurador-chefe de Osaka, Kentaro Kitagawa, por suspeita de agressão sexual durante seu mandato. Kitagawa, de 64 anos, é acusado de estuprar uma mulher incapaz de resistir fisicamente de 2018-2019, quando ele chefiava o Gabinete do Promotor Público do Distrito de Osaka.
De acordo com fontes, o Gabinete do Promotor Público Superior de Osaka conduziu a investigação, devido à gravidade das acusações e à posição de autoridade de Kitagawa. Detalhes do suposto crime não foram divulgados, visando proteger a privacidade da vítima. Kitagawa, que se aposentou em 2020 e atuava como advogado na Ordem dos Advogados de Osaka, foi um destacado membro do Ministério Público, ocupando cargos importantes em diversas regiões do Japão.
Durante seu tempo como chefe da promotoria distrital de Osaka, Kitagawa liderou investigações de casos controversos, incluindo a decisão de não indiciar o ex-chefe do Departamento Financeiro, Nobuhisa Sagawa, envolvido na venda a preços reduzidos de terras estatais para a empresa educacional Moritomo Gakuen. Este incidente já havia suscitado críticas sobre a integridade do sistema judiciário.
O vice-chefe do Alto Ministério Público de Osaka, Tsunekazu Kohashi, lamentou a prisão, prometendo uma investigação completa e medidas punitivas apropriadas. O professor emérito de direito penal da Universidade Konan, Hisashi Sonoda, destacou a importância de equilibrar a proteção da privacidade da vítima com a necessidade de transparência para garantir a justiça e a confiança pública.
Este caso ressalta os persistentes problemas de assédio e violência contra mulheres no Japão, exigindo uma reflexão profunda e ações efetivas para enfrentar e prevenir tais crimes, especialmente entre aqueles em posições de poder.
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