Uma mulher japonesa de 30 anos foi condenada nesta semana a quatro anos e seis meses de prisão por envolvimento em um esquema de fraudes telefônicas que tinha como alvos idosos nas Filipinas. Haruna Terashima trabalhava como atendente para redes especializadas em aplicar golpes, e fazia parte de um grupo criminoso conhecido como “Kakeko”, que incluía indivíduos que se autodenominavam “Luffy” — uma provável referência ao personagem do anime One Piece, usada como apelido entre os integrantes da quadrilha.
Segundo o Tribunal Distrital de Tóquio, Terashima foi responsável por fazer ligações falsas para enganar vítimas e obter dados bancários e cartões de crédito, que depois eram usados para saques e compras ilegais. Os crimes ocorreram em 2019.
Na sentença, o tribunal destacou a gravidade do papel da ré dentro da organização criminosa. “Como membro do grupo Kakeko, ela ocupava uma posição relevante na execução dos golpes”, afirmou o juiz responsável pelo caso. A corte também apontou que a motivação principal de Terashima para permanecer na organização era financeira. “Ela continuou participando mesmo ciente dos crimes, apenas em troca de pagamento. Isso deve ser severamente criticado”, concluiu a decisão.
A quadrilha foi desmantelada após investigações conjuntas entre autoridades japonesas e filipinas. O caso chamou atenção pela estrutura sofisticada do grupo, que operava com diferentes funções — desde os responsáveis pelas ligações até os que realizavam a retirada de dinheiro e lavagem dos valores obtidos ilicitamente.
O caso expõe um problema crescente no Japão e em outros países da Ásia: o aumento de redes de estelionatários que se aproveitam da vulnerabilidade de idosos, muitas vezes com a participação de jovens recrutados por promessas de ganhos fáceis.
Fonte/Créditos: Da redação
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