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Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2025

Policial

Tribunal de Tóquio Condena Chinês por Pichação no Santuário Yasukuni

Ato de vandalismo em local controverso gera tensão diplomática

Matheus
Por Matheus
Tribunal de Tóquio Condena Chinês por Pichação no Santuário Yasukuni
Santuário Yasukuni
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Na quarta-feira, o Tribunal Distrital de Tóquio condenou Jiang Zhuojun, um cidadão chinês de 29 anos residente no Japão, a oito meses de prisão por seu envolvimento em um ato de vandalismo ocorrido em maio no santuário Yasukuni, um local historicamente ligado à guerra. Jiang foi acusado de danificar propriedade e desrespeitar um local de culto ao lado de outros dois cidadãos chineses, que retornaram à China e estão na lista de procurados pela polícia japonesa.

De acordo com a sentença, Jiang e os outros dois homens pintaram com spray a palavra "toilet" em um pilar de pedra do santuário em 31 de maio. O tribunal considerou a pena de prisão adequada, ressaltando que não houve reparação pelos danos causados. O juiz Yasushi Fuke afirmou que Jiang teve um papel essencial no ato, já que foi ele quem adquiriu a tinta spray, e classificou o ato como "imperdoável" por recorrer a meios ilegais para manifestar opiniões.

Jiang alegou que a pichação foi um protesto contra a liberação de água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima Daiichi no Oceano Pacífico, iniciada em 2023. No entanto, o tribunal rejeitou essa justificativa, reforçando que ações ilegais não são aceitáveis como forma de protesto.

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O santuário Yasukuni, que homenageia os mortos de guerra do Japão, é uma constante fonte de tensões diplomáticas com a China e outros países asiáticos, devido à presença de líderes condenados como criminosos de guerra pelo tribunal internacional após a Segunda Guerra Mundial.

O caso reacende debates sobre os limites da liberdade de expressão e os impactos diplomáticos de atos simbólicos em locais historicamente sensíveis.

FONTE/CRÉDITOS: Da redação
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