O Japão registrou seu segundo mês consecutivo de déficit comercial, conforme divulgado pelo Ministério das Finanças na última quarta-feira. O saldo negativo foi de 695 bilhões de ienes, o equivalente a US$ 4,9 bilhões, representando uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As exportações japonesas totalizaram 8,4 trilhões de ienes (US$ 59 bilhões), um crescimento de 5,6% em comparação com agosto de 2023. As vendas para países asiáticos registraram aumento, enquanto as exportações para os Estados Unidos sofreram uma queda, impactando o desempenho global do comércio exterior japonês.
Por outro lado, as importações atingiram 9,1 trilhões de ienes (US$ 64 bilhões), um crescimento de 2,3% em relação ao ano anterior. As compras de produtos farmacêuticos e outros itens de países europeus destacaram-se entre as categorias que apresentaram maior crescimento nas importações.
Apesar desse crescimento, ambos os números ficaram abaixo das previsões de mercado, que esperavam um aumento de 10% nas exportações e um crescimento ainda maior nas importações.
O iene japonês, que vinha desvalorizado em relação ao dólar americano no início do ano, recuperou parte de seu valor nas últimas semanas. O dólar, que chegou a ser negociado acima de 150 ienes, recuou recentemente para níveis próximos de 140 ienes, o que ajudou a melhorar o poder de compra do Japão, influenciando o cenário das importações.
O resultado reflete a fragilidade da economia global e o impacto de fatores como a desaceleração do consumo e as tensões comerciais internacionais.
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