MAEBASHI – Um crime brutal chocou a cidade de Maebashi, província de Gunma: a morte da pequena Mayu, uma bebê de apenas um mês, provocada pelo próprio pai. De acordo com a polícia, Masateru Kano, de 24 anos, foi preso após admitir ter agredido e causado a morte da filha. A criança apresentava múltiplas fraturas e hematomas no peito, nas pernas e em outras partes do corpo.
As investigações apontam que os maus-tratos podem ter ocorrido em mais de uma ocasião. A polícia trabalha com a hipótese de agressões recorrentes dentro da própria residência da família.
Apesar da gravidade, vizinhos relatam que Kano costumava ser visto com a bebê e não demonstrava comportamentos suspeitos. “Era uma cena comum vê-lo com a criança”, comentou um morador da vizinhança.
O caso reacende o debate sobre a frequência com que crianças são vítimas de maus-tratos dentro de casa no Japão. Em muitos episódios semelhantes, autoridades e parte da mídia têm atribuído os atos de violência a desequilíbrios emocionais ou estresse dos agressores. No entanto, essa abordagem levanta críticas: especialistas alertam que justificar esse tipo de violência com base no estado emocional dos responsáveis pode naturalizar o inaceitável.
Se o estresse fosse justificativa para a brutalidade, argumentam críticos, viveríamos em uma sociedade onde o irracional se tornaria norma.
Casos de violência doméstica contra crianças no Japão, principalmente envolvendo recém-nascidos, muitas vezes não ganham destaque na imprensa. A subnotificação, aliada à cultura de silêncio dentro de famílias, dificulta a prevenção e o enfrentamento desse tipo de crime.
Enquanto isso, a vida de mais uma criança foi interrompida precocemente — desta vez, por quem deveria protegê-la.
Fonte/Créditos: Da redação
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