HAMAMATSU, JAPÃO – Um ex-inspetor de polícia admitiu ter fabricado documentos falsos em uma audiência que chocou a comunidade local. O caso, que veio à tona na primeira audiência realizada em 3 de outubro, envolve a criação de documentos oficiais adulterados em conexão com a investigação de um acidente de trânsito.
O homem indiciado por criar um documento oficial falso com selo é um ex-inspetor de polícia de 57 anos, que servia na Delegacia de Polícia de Hamamatsu Chuo. Ele é acusado de produzir documentos com informações falsas em uma investigação relacionada à direção sob efeito de álcool. Na audiência, o ex-policial admitiu as acusações sem hesitação
Motivação: Aliviar a Própria Carga de Trabalho
Na declaração de abertura, a promotoria detalhou que o principal motivo do crime era "reduzir seu próprio fardo" de trabalho. Além disso, foi revelado que o ex-inspetor não apenas falsificou os documentos, mas também instruiu seus subordinados a revisar e alterar a redação dos documentos que haviam sido preparados originalmente, evidenciando uma má conduta sistêmica.
O réu será novamente interrogado no próximo julgamento, marcado para 27 de outubro.
Observadores e profissionais do direito no Japão frequentemente apontam que esse tipo de falsificação e manipulação de documentos de investigação não é um caso isolado. A prática de alterar depoimentos e relatórios para "facilitar" o fechamento de casos ou para aliviar a carga de trabalho tende a ser mais frequente do que se reporta, sobretudo em inquéritos que envolvem estrangeiros, onde a comunicação e a defesa legal podem ser mais complexas. O caso de Hamamatsu Chuo joga luz sobre a necessidade urgente de fiscalização rigorosa na conduta policial.
Fonte/Créditos: Da redação
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