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Caso de turista japonesa assassinada na Tailândia há 18 anos ganha novo apelo das autoridades — e levanta reflexão sobre o caso Amanda Borges

Enquanto isso, casos semelhantes envolvendo brasileiras seguem sem o mesmo empenho internacional

Caso de turista japonesa assassinada na Tailândia há 18 anos ganha novo apelo das autoridades — e levanta reflexão sobre o caso Amanda Borges
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Em mais uma tentativa de resolver um caso que há quase duas décadas desafia a Justiça tailandesa, autoridades do país voltaram a apelar por informações sobre um francês que pode ter testemunhado o assassinato de uma turista japonesa em 2007.

O crime aconteceu em novembro daquele ano, quando Tomoko Kawashita, então com 27 anos e residente em Osaka, foi brutalmente assassinada com golpes de faca enquanto visitava as ruínas históricas de Sukhothai, no norte da Tailândia.

No último dia 24, a polícia tailandesa divulgou um novo retrato falado do homem de nacionalidade francesa, que teria entre 35 e 40 anos na época e foi visto próximo ao local do crime. As autoridades acreditam que ele pode ter presenciado o ataque — ou até conhecer detalhes que poderiam levar ao autor do homicídio.

Com o prazo de prescrição de 20 anos previsto no Código Penal Tailandês se aproximando, a família de Tomoko pressiona por uma resolução urgente e cobra a abolição da prescrição em crimes de homicídio.

E o Brasil com Amanda Borges?

O caso de Tomoko Kawashita não pode deixar de ser comparado ao de Amanda Borges, brasileira que também foi morta fora do país. Em ambos os episódios, há fatores semelhantes: jovens mulheres vítimas de crimes violentos em solo estrangeiro, circunstâncias nebulosas, e a dor de famílias que buscam por justiça.

Mas há uma diferença gritante: o nível de comprometimento das autoridades. No caso japonês, a polícia tailandesa mantém o caso ativo, investe em novas linhas de investigação e até revisita testemunhas quase duas décadas depois. Já no caso Amanda, o que se vê é uma sequência de omissões, falta de transparência e pouco (ou nenhum) avanço real.

A comparação entre os dois casos escancara as fragilidades da atuação consular e diplomática brasileira, que frequentemente falha em garantir suporte efetivo às famílias de vítimas no exterior. Em vez de pressionar por respostas e proteger seus cidadãos, o Brasil parece aceitar o esquecimento como destino.

Enquanto no Japão há mobilização social, cobertura da imprensa e pressão por mudanças legais, a morte de Amanda Borges é tratada com silêncio — e, muitas vezes, com descaso. A reflexão é inevitável: a diferença está no país, na cultura e na cobrança por justiça.

Fonte/Créditos: Da redação

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Reportagem comunitária integrando brasileiros no exterior

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