Da redação-Link original
No último domingo, o Fantástico, da TV Globo, exibiu uma reportagem exclusiva sobre a morte da brasileira Juliana Marins, de 28 anos, durante uma trilha no Parque Nacional Monte Rinjani, na Indonésia. A jovem, natural de Niterói (RJ), foi encontrada sem vida dois dias após cair de um penhasco em uma das trilhas mais desafiadoras do país, com 3.700 metros de altitude.
A reportagem revelou falhas graves na infraestrutura do parque e na condução do resgate, que, segundo os familiares, foi lento e desorganizado. Juliana foi vista com vida após a queda por outros turistas que usaram drones amadores para tentar localizá-la, mas a ajuda oficial demorou a chegar.
“Se tivessem um drone profissional, poderiam ter enviado mantimentos e impedido que ela escorregasse mais”, afirmou a médica Karina Oliani, especialista em medicina de áreas remotas, ao Fantástico.
Segundo o laudo oficial, divulgado na sexta-feira, Juliana morreu por hemorragia interna causada por uma lesão no tórax. A morte teria ocorrido entre 12 e 24 horas antes da remoção do corpo, feita apenas na manhã de quarta-feira.
Os pais da jovem, Estela e Carlos Marins, falaram com exclusividade ao programa e expressaram profunda revolta com a demora e o descaso das autoridades indonésias.
“É uma indignação muito grande. Esses caras mataram minha filha”, desabafou Estela, emocionada.
A trilha onde Juliana se acidentou é conhecida por sua beleza e também pela falta de sinalização, estrutura de emergência e fiscalização. Não é um caso isolado: no dia seguinte à morte da brasileira, um turista da Malásia também caiu e sofreu fratura na bacia. Em outubro de 2024, outro brasileiro relatou ter presenciado o resgate de um corpo que estava desaparecido havia nove dias na mesma região.
FANTÁSTICO-JULIANA MARINS
O Fantástico procurou as autoridades indonésias — incluindo a polícia local, diretores do parque, o Ministério do Turismo e até a presidência do país — mas nenhuma resposta foi enviada até o fechamento da reportagem.
Enquanto aguarda a liberação para o traslado do corpo ao Brasil, a Prefeitura de Niterói anunciou que vai custear o processo e prestou homenagem a Juliana batizando um mirante com seu nome.
A família, agora, busca justiça e visibilidade para evitar que outras tragédias como essa se repitam.
Fonte/Créditos: G1-FANTÁSTICO
Créditos (Imagem de capa): G1
Comentários: