A morte de Ayaka Okazaki, de 20 anos, cujo corpo foi encontrado no dia 30 do mês passado em uma residência na cidade de Kawasaki, reacendeu críticas à atuação da polícia japonesa. O principal suspeito é seu ex-namorado, Hideyuki Shirai, de 27 anos, preso sob acusação de abandono de cadáver.
Segundo familiares, Ayaka vinha sendo perseguida pelo ex-companheiro, e o caso já havia sido relatado diversas vezes às autoridades. O pai da jovem expressou indignação com a conduta policial:
" Pedi várias vezes que prendessem o homem que estava ameaçando minha filha, mas a resposta sempre foi que nada podia ser feito porque ela ainda não havia desaparecido" desabafou o pai, cobrando que a polícia “diga a verdade” sobre a condução do caso.
De acordo com informações, Shirai foi interrogado voluntariamente sete vezes até março deste ano, sempre negando envolvimento com o desaparecimento da jovem. Ainda assim, nenhuma medida mais severa foi adotada.
Em coletiva realizada ontem, a polícia se pronunciou oficialmente pela primeira vez desde a prisão do suspeito. A corporação afirmou que "não recebeu nenhuma denúncia formal de perseguição" e, por isso, interpretou que a vítima não desejava envolvimento das autoridades. Uma advertência verbal chegou a ser feita a Shirai, mas a polícia não emitiu uma ordem oficial de prevenção, como prevê a Lei Antiperseguição vigente no Japão.
— Reconhecemos que se trata de um caso grave. Iremos aprofundar as investigações para esclarecer todos os detalhes, inclusive a sequência de eventos — afirmou um porta-voz da corporação.
O caso tem gerado repercussão nacional e reacendido debates sobre a efetividade das leis de proteção às vítimas de perseguição e violência doméstica no Japão.
Fonte/Créditos: Da redação
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