Mais um acidente grave foi registrado no Monte Rinjani, na Indonésia, em menos de uma semana — desta vez envolvendo um turista malaio, que caiu aproximadamente 200 metros durante uma trilha nesta sexta-feira (27). O caso reacende o alerta sobre as condições de segurança no popular destino de trekking, poucos dias após a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morrer após despencar de um penhasco na mesma região.
A administração do parque nacional de Rinjani, localizado na ilha de Lombok, confirmou o incidente em suas redes sociais. De acordo com o comunicado, a queda ocorreu por volta das 15h20 (horário local), e equipes de resgate foram acionadas imediatamente.
Na manhã deste sábado (28), os socorristas informaram que o turista estava consciente, em condição estável e “capaz de realizar atividades”, embora tenha sofrido fraturas no quadril e ferimentos na cabeça. Segundo o jornal malaio Sinar Harian, a queda só parou próximo a uma ponte que atravessa o lago Sengara Anak.
O que chama atenção é a recorrência e semelhança entre os acidentes. Na última semana, a brasileira Juliana Marins também caiu durante uma trilha no Monte Rinjani. Seu corpo foi localizado apenas quatro dias depois, em uma área de difícil acesso. Em ambos os casos, os turistas se distanciaram dos grupos, em um terreno descrito por testemunhas como instável, arenoso e escorregadio — resultado da própria natureza vulcânica da montanha.
E o caso da brasileira não foi isolado: em outubro do ano passado, o irlandês Paul Farrell também sofreu um acidente semelhante no mesmo monte. Ele caiu da trilha em um ponto perigoso e inclinado, e só sobreviveu por pura sorte e por ter conseguido ser resgatado com vida. Farrell, que compartilhou seu relato com a BBC News Brasil, descreveu a trilha como traiçoeira: “Você dá um passo à frente e escorrega dois para trás”.
Diante da repetição desses episódios, resta a pergunta: quais medidas de segurança estão, de fato, sendo adotadas no Monte Rinjani? A trilha, popular entre turistas aventureiros do mundo todo, oferece riscos que parecem estar sendo subestimados. As autoridades locais garantem que há protocolos de segurança e acompanhamento por guias, mas as ocorrências recentes indicam possíveis falhas — seja na orientação, na fiscalização ou no próprio preparo dos visitantes.
Com três acidentes graves — dois com quedas de cerca de 200 metros — em menos de um ano, o Monte Rinjani pode estar se tornando não apenas um destino turístico, mas um perigoso ponto cego na segurança internacional de trilhas. Até quando?
Fonte/Créditos: Da redação
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